Reiventando o amar.

Pensando sobre meus (des)amores percebi como eu sou um clichê,são os mesmos estágios de alegria e tristeza só que com personagens diferentes e intensidades diferentes,mas analisando friamente é tudo a mesma coisa.Acho que fazemos do amor uma coisa tão grande que não conseguimos perceber o quão simples ele pode ser e nessa hora a saída é reinventar.

Não quero mais aceitar esse romantismo pronto e vendido que se prega uma doação para o outro,uma posse do outro que chega a ser insano,faz mau,dói.Acho que é preciso ver o amor além do outro,é aquela velha história que os Beatles cantavam "And in the end,the love you take is equal to the love you make" vivemos um egoísmo e chamamos de romantismo.Acho que ter o outro e possuí-lo são coisas diferentes.Precisamos amar mais e possuir menos,simplesmente amar.

Terceirização.

Incrível como temos o hábito de fugir dos nossos problemas e pior terceirizamos ele como se o outro pudesse resolvê-lo ou escondê-lo.Fazemos de tudo para não enfrentá-lo e sentimos dor,sofremos.Procuramos todos menos a pessoa envolvida para resolver,assumo que a arte de fugir eu domino,corremos tanto que nos perdemos e depois se achar fica muito difícil.Depois disso culpamos o outro, o que obviamente é muito mais fácil,nunca achamos que causamos o problema.É mais fácil vermos o outro enquanto corremos de nós mesmos,em vez de tentarmos nos conhecermos analisamos o outro como se nos entendêssemos muito bem, o que não passa de uma desculpa para julgar o outro e permitir que este nos julgue.Preferimos entender o outro,sentir a dor do outro,ter o outro do que se conhecer,se achar,se resolver,se permitir,antes eu achava que isso era um dos tipos de amor,mas vi que não, que é pedir demais para alguém me entender se nem eu mesma faço isso,se nem eu mesma gosto de sentir a minha dor,não gosto de me achar,não gosto de me permitir,não tenho paciência pra me conhecer,apenas levo algumas poucas convicções e muitos defeitos que são latentes e só.